quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Mais uma dose da historia sem fim

CAP.X


Já na sala de jantar, ainda desconfiado com o cheiro a porquinhos que pairava no ar, o lobo mau olhou enjoado para a travessa que estava em cima da mesa. “-Drogra” pensou “-é mesmo a minha semana de azar... peixe assado no forno? Não era empadão?” os principes sorriram quando viram a cara do lobo mau que parecia ter levado com uma bigorna na cabeça, até fazia ondas à volta das orelhas. Com voz calma o principe pediu desculpa pela troca da ementa, mas a carne do empadão tinha feito greve e a única soluçao tinha sido o peixe que estava distraído a contar as ameias dentro do lago do castelo. O dragão pensou logo que a culpa da greve da carne era do 1º ministro mas não fez comentários, até porque ele gostava mais de peixe e também não queria levantar a lebre (sim porque a parva da lebre tinha a mania de andar ao colo...) para não saberem do plano dele para conquistar a filha do rei que ainda por cima era amiga da princesa.
Durante o almoço, o principe contou histórias de assustar para distrair o lobo que estava com os olhitos a andarem às voltinhas e com cara de poucos amigos (também, amigos ele só tinha o dragão mas como era grande, valia por muitos). Contou o principe que a bruxa má do oeste tinha travado uma dura luta com a fada madrinha. A luta tinha sido tão dificil que até os cabelos loiros da fada madrinha tinham mudado de cor por causa do esforço que tinha feito para proteger os príncipes. Contou ainda o príncipe que a fada teve que ir alinhar a direcção da varinha mágica porque a estrela, ficou torta durante a luta. O lobo mau é que n queria saber disso para nada. Estava amuado e pensava “-Bah! Varinhas mágicas, direcção alinhada, peixe assado... e ninguém se preocupa com o furo que a bruxa má do oeste me fez no pelo, sim porque eu tenho a certeza que foi a bruxa má. Ufa! O melhor mesmo é mudar de história, esta está a ficar muito perigosa, ou então arranjar uma cigana para me ler a sina.” Enquanto pensava olhou de esguelha para o dragão que se tinha eskecido que era desdentado e ria tanto que até abanava a barriga. De novo deixou de ligar ao que diziam e voltou a pensar no assunto “- uma cigana...onde poderei arranjar uma cigana? Será que o Pai Natal me dá uma se eu pedir?” Tinha que se deitar sobre o asunto nessa noite ( o que não era muito bom porque o assunto era grande e ele cada vez tinha mais dores nas costas de tanto dormir em cima dos assuntos, mas este valia a pena) sem dar por isso o lobo mau começou a sorrir o que deixou o príncipe muito feliz porque finalmente tinha conseguido tirar a cara de mau ao lobo e a princesa de certeza k lhe ia dar um beijo especial, talvez um beijo com uma estrela, uma flor ou uma roseta...mal podia esperar para saber que beijo ia ganhar. Do outro lado da mesa a princesa adivinhou o pensamento do principe, sorriu e disse, beijo preto com corações rosa... nesse momento o lobo mau endireitou as costas, abriu a boca e ia perguntar que coisa era aquela de beijos pretos com corações rosa mas não disse nada, porque os príncipes podiam não gostar, ia perguntar à cigana, ela de certeza sabia o que era isso. O dragão que também tinha ouvido o que a princesa tinha dito e, como era muito guloso pensou que era uma receita de bolo e perguntou logo se não havia uma fatia a mais para ele. Os principes sorriram e explicaram ao dragão que estavam a falar de uma libelinha a quem eles tinham dado o nome de beijo, que voava pelo reino e que a princesa todos os dias pintava de cores diferentes e nesse dia a princesa tinha pintado a libelinha de preto com corações rosa. O lobo mau fanziu o nariz e pensou “- Qual é a piada da libelinha? Também sou preto e posso fazer uma tatuagem cor-de-rosa em forma de coração...e tenho mais pinta!” o dragão por sua vez, ficou com água na boca, ele achava que bolinhos com corações deviam ser muito saborosos, libelinhas infelizmente ele não gostava.
Longe dali a bruxa má do oeste punha em prática o plano B de burro, tinha acabado de comprar um caldeirão com turbo incluído todo eléctrico com aranhas desenhadas na tampa. Cantarolava e dizia para o gato preto:
- Pois é bebé, agora é que eles vão ver como é... tcharam!!!!!
O gato preto com cara de parvo, só rezava para o feitiço não cair em cima dele, como das outras vezes ( sim porque ele ainda se lembrava muito bem quando a bruxa o tinha transformado em pato...logo ele que detestava água...tinha passado o dia dentro do lago a namorar uma pata choca).
A bruxa saltou, correu, subiu as escadas, fez piruetas com a vassoura e entrou na banheira a alta velocidade, depois voltou para junto do caldeirão e mais uma vez disse:
- Tcharam!!!!!
O gato tapou os olhos com as patas da frente e ficou à espera de sentir alguma coisa. Mas nada, não acontecia nada, a casa continuava de pé e ele continuava a ser um gato. O feitiço devia ter resultado porque até a lua nova que nunca se conseguia ver, tinha aparecido de repente.


continua



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