sábado, 17 de maio de 2008

Continuação dos Contos Era uma vez...

A sombra da vassoura...

Nova aventura



O Tapa Buracos, vivia no Bairro Popular, o bairro mais popular de Luanda e quase tão popular como ele. O pequeno ratinho tinha muitos amigos e apesar ,de por vezes, se irritarem um pouco com a mania de tapar todos os buracos que encontrava todos o achavam divertido, amigo e encantador, principalmente o Papagaio Filipe Filipino, O Cachorro Kalunga e a Osga Diana.
Algumas horas antes da chegada do Faz Buracos, os quatro amigos brincavam às escondidas, a sua brincadeira favorita. O Tapa Buracos era quase sempre descoberto, porque não resistia e aproveitava sempre, para tapar uns buraquitos que encontrava durante a brincadeira, quem ficava satisfeita com isso era a Osga Diana que corria menos do que os outros e por isso só conseguia apanhar o Tapa Buracos. Mas nesse dia tinha decidido não tapar buracos, porque já tinha tomado banho e tinha um aviso bem grande, de olhos bem abertos da mãe, para não se sujar, pois às cinco horas iam buscar o primo à paragem da camioneta. Ele bem tentava imaginar como seria aquele primo que não conhecia mas não conseguia, chegou então à brilhante conclusão que de certeza que o primo não era tão bonito, nem tapava buracos tão bem como ele. Por isso deixou de pensar no primo e procurou um lugar bem escondido para dessa vez não ser encontrado. Correu para um portão, entrou e descobriu uma “mina” de buracos no pequeno quintal, onde tinha pensado procurar um bom esconderijo, ele nem queria acreditar no que via e claro, que rapidamente, o Super Tapa Buracos entrou em acção, como um super herói destemido, tapou todos os buracos que encontrou. Quando tapou o último, respirou fundo, pensando orgulhoso que a sua missão estava cumprida, mas nesse momento, quando viu uma vassoura no ar que corria na sua direcção trazendo mais atrás, quase colada a ela as pernas da D. Zefa, o Tapa Buracos ficou a saber que tapar buracos era tarefa perigosa e correu a toda a velocidade enquanto ouvia as ameaças da D. Zefa gritadas bem perto:
- Malandro, estragaste os buracos que eu tinha feito para plantar as minhas mandiocas! Vem cá! Se te apanho levas com a vassoura!
O pobre Tapa Buracos, fugiu dali com o coração a bater muito depressa, ia tão assustado que até se esqueceu que estava a brincar às escondidas e passou a correr pelo Papagaio Filipe Filipino que voou até ao Embondeiro todo lampeiro, onde bateu três vezes com a asa dizendo o nome do Tapa Buracos e ganhando assim o jogo, uma vez que já tinha descoberto o esconderijo da Osga Diana e o do Cachorro Kalunga.
Depois desta aventura o Tapa Buracos ficou com os pêlos vermelhos, da cor da terra onde tinha tapado os buracos e com os pêlos da cabeça em pé, por causa do susto que tinha apanhado com a vassoura. Foi assim colorido e penteado que foi conhecer o primo que vinha do mato.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Contos era uma vez...


Contos era uma vez…
Homenagem à minha filha Rita, pois foi para adoçar e embalar as suas noites, que estes personagens foram inventados, quando ela tinha apenas dois ou três anos. Nessa época, e durante muitos anos, todas as noites lhe contava uma aventura que inventava durante o dia para contar à noite. Vários personagens e lugares povoaram as suas noites deixando um sorriso lindo no rostinho e nos olhos um brilho de felicidade já misturado com o sono que chegava. Infelizmente não as escrevi e por esse motivo não as guardei, vou tentar escrever de novo, misturando coisas novas com outras que ainda me lembro. Pode ser que um dia as conte aos meus netos.


Na cidade de Luanda, vivia um ratinho que se chamava Tapa Buracos, ele tinha um primo que vivia no mato, perto de uma pequena povoação, o seu nome era Faz Buracos. O Faz Buracos e o Tapa Buracos não se conheciam e tinham vidas completamente diferentes. Enquanto o Faz Buracos nunca estava quieto, ele adorava fazer buracos em qualquer sítio, no chão, na madeira, no plástico e até no queijo, o primo Tapa Buracos tinha uma vida mais calma, detestava buracos e sempre que via algum, sem pensar duas vezes tapava-o logo. Claro que existem buracos que devem continuar a ser buracos e existem sítios e coisas onde um buraco pode ser um perigo enorme. Um dia a mãe do Tapa Buracos convidou o sobrinho para passar umas férias na cidade porque, o sonho do Faz Buracos era conhecer Luanda, um lugar enorme onde ele podia fazer muitos buracos. A mãe do Tapa Buracos achava que a convívio com o Faz Buracos ia fazer bem ao filho, ela tinha a certeza que na brincadeira com o primo o filho se ia esquecer da mania de tapar todos os buracos que via, já a mãe do Faz Buracos pensava a mesma coisa que a irmã mas ao contrário, ela desejava que o filho parasse com a mania de fazer buracos em qualquer lugar.
No dia da partida, o Faz Buracos despediu-se dos amigos Galo Galileu e Galinha Quentinha que diziam adeus mais felizes do que porcos deitados na lama pois durante uns dias podiam estar descansados que o milho não iria cair a toda a hora dentro de buracos feitos a alta velocidade por um rato que queria ser toupeira. O Faz buracos deu um beijo aos pais, entrou na camioneta, disse adeus com um lenço cheio de buracos e partiu em direcção à cidade. Durante toda a viagem fez buracos no chão da camioneta e o perigo que correu foi tal que ao tentar subir para um banco onde ia tentar fazer um super lindo buraco, escorregou e quase caiu na estrada, pelo buraco gigante que tinha feito entre a povoação do Quitexe e a do Quibaxe. Um pouco assustado, ficou sentado durante o resto da viagem. Mas nem tudo foi mau porque viajou de pêlos ao vento chegando assim a Luanda com um penteado novo e ultra-moderno e os passageiros chegaram felizes porque aquela camioneta tinha um super sistema de ventilação o que tornou a viagem mais fresca e por isso mais agradável
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quinta-feira, 8 de maio de 2008

O cabelo

E sou assim...
Ainda gosto de gatos :)



Esta foi para apresentação de um cabeleireiro das tendências primavera verão para aquele ano, que por acaso não me lembro bem se foi em 1981 ou 1982, só sei que tinha um cabelo enorme e fiquei com o pobre cabelo deste tamanho, para desgosto do meu pai. Agora como já mostrei algumas fases da minha vida e da minha curta carreira de modelo. Vou terminar aqui.
O frio era mm muito :)

Trabalho de modelo a quanto obrigas...outubro de noite e molhada na praia...

primeiro anúncio...


17 anos vividos em Cascais
16 anos com transferência já feita para Lisboa

15 anos de mistérios...


Ao 14 anos com o meu super cabelo e um modelo feito num tecido com desenhos de grãos de café. Com 13 anos o modelito era este e eu era assim.

Saltei para os 10 anos para não vos cansar muito, nesta altura começou outra fase...a tal da adolescência...chegou logo a seguir sem avisar


Faziam-me as vontades porque...

Acho que já entenderam porque motivo o meu cajueiro e os meninos me faziam as vontades ;)
Ao 6 anos não havia dúvidas...

Aqui, com 5 anos pensava a sério na carreira de modelo ;)


Quando era kandengue

Aos 4 anos mascarada de minhota, não estava mal pois não?
Aos 3 anos era assim, uma kandengue feliz


Quando era kandengue era engraçadita, fui feliz, apesar de como diz um amigo meu ainda não saber. Na adolescência a minha vida virou de pernas para o ar e tenho consciência de que apesar de ter alguma graça e até elegância não fui bonita, despertava alguma atenção nos rapazes e até algumas paixões mas beleza, aquela beleza que os homens esperam ver numa mulher sei que não tinha mesmo, mas isso não me fazia falta porque tinha outras coisas que me agradavam a mim e a quem olhava. Hoje, tantos anos depois da primeira foto, continuo a achar que a beleza não vive comigo mas sinto-me bem na minha pele e para dizer a verdade, gosto de mim assim como sou, um pouquinho kota, um pouco diferente da maioria das mulheres da minha idade. Acho que devo isso ao meu lado que veio comigo de Angola e que vive em mim, nos meus pés quase sempre descalços, na minha pulseira na perna, nas missangas que habitam nos meus braços, nos brincos compridos e coloridos que fazem parte das minhas orelhas, nos panos que enrolo à cintura tanto no inverno como no verão, nas tranças que faço no cabelo com contas e elásticos coloridos. Sou assim hoje e gosto.

Dois anos ...


Com dois anos era a rainha dos modelos e modelitos. Não era "Modelo Fátima Lopes nem Ana Salazar" porque ainda andavam na escola :) mas era o modelo da costureira da esquina.

Outras se seguiram...



Com um ano eu era exigente e gira, fazia pose para um anúncio ao brilho nos olhos :)

A minha carreira de modelo


Comecei a minha carreira de modelo com meses apenas, mostro aki a minha fotografia mais sexy :), não vão ver outra igual ;)

domingo, 4 de maio de 2008

Continuação da festa

O nosso bolo (1ª foto)

Eu com o meu amigo Fialho e com a esposa (O Fialho do pequeno conto "As mães dos meus vinhos" (2ª foto)


A Sãozinha Costa Pereira (uma das organizadoras da festa) a cortar o bolo









sábado, 3 de maio de 2008

A festa do meu bairro










1ª Euzinha de "pista de aterragem" na mão :)




2ª Conversa com o Nelo sobre a "Cacilda" :)






3ª Conversando com a Letinha sobre a possivel aterragem do Helder em cima da oliveira :)