sábado, 1 de março de 2008

Baía Azul

1960
1962 com a minha mãe

2006 com a minha princesa
1989
 1973
1997
1984
1993


1960
As minhas praias...os meus mares em várias épocas da minha vida


Se Iemanjá existe, conhece de certeza a Baía Azul, deve até ter uma casa de férias por lá.
E se existe o paraíso deve ser muito parecido com aquele lugar. A força da mente tem poder mas a força das recordações consegue fazer milagres porque se fechar, os olhos consigo chegar lá rapidamente e logo vejo caranguejos a correr na praia, sinto quitetas debaixo dos pés, vejo peixes dentro de água, sinto o sol na pele. o solzito bom e o murmúrio da praia fazem-me esquecer a civilização, a luta diária, a maldade. Aqui no paraíso consigo tocar no amor. Azul é a cor do céu, azul é a cor da Baía. Olhei para o poderoso azul e sentei-me na areia, de pernas cruzadas, olhei encantada para a água que me fazia carícias nos pés e que em seguida, brincalhona, se afastava, pequenas conchas entravam na brincadeira e rolavam felizes num vai e vem constante. O sol espreitou e não resistiu, mandou alguns raios para dentro de água e sorria feliz enquanto mostrava o seu brilho, saltitando e beijando tudo e todos. Ouvi passos, voltei-me e vi olhos que sorriam, levantei-me feliz porque tinham chegado ao paraíso algumas celebridades da praia, as conchas, a alforreca, a estrela do mar e o caranguejo. Meti conversa com os recém-chegados “Conchinhas estão boas?”“ Sr. Caranguejo, como vai a família?”“D. Alforreca está um bocadinho gorda, tem que fazer dieta!”“Menina Estrela-do-mar, que bem lhe fica esse biquíni.”
Eles não responderam mas eu sei que ouviram e assim ficámos em harmonia e paz em cima da areia macia e quente beijada pela água transparente enfeitada com bolhinhas coloridas. A hora de partir chegou e com ela, o fim da conversa com a onda, o fim do beijo do sol, o fim do toque macio da areia morna o fim deste mar e de outros que vivem em mim mas como o mar não tem fim, neste momento o meu mar é o de Cascais que representa todas as praias que me deixaram saudades desde a Ilha ao Mussulo, desde a Corimba à Baía Azul, desde o Morro dos Veados ao km 34.


Sem comentários: